quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Paul McCartney parte 2

Aí os holofotes se apagaram, o palco se iluminou e meu Beatle preferido entrou no palco, usando um casaco azul extremamente brega e dando tchauzinho pra platéia. Diogo ficou tenso do meu lado e deu o sorriso mais lindo da noite. Adeus reclamações. O estádio inteiro ficou mais leve.

O começo foi sutil: “Sitting in the stand of the sports arena, waiting for the show to begin…”. Depois veio Jet, que foi incrível. Ninguém tava acreditando ainda, eu acho. Só fomos sair do estado de choque quando ouvimos “one, two, three! CLOSE YOUR EYES AND I’LL KISS YOU!”. Gente, imaginem o delírio. O Morumbi inteiro pulou. Uma moça que tava de pé ao meu lado tremia e gritava a música, abraçada com o amigo emocionado. Não eram os únicos. Entre cada música, os comentários eram do estilo “PUTA QUE PARIU! É UM SHOW DE PAUL, PORRA! EU NÃO ACREDITO!”.

Ele falou em português várias vezes. Cada vez que ele abria a boca, eu virava pra Diogo pra comentar “oooooown! Ele é tão lindo!”. Coitado, mas acho que ele não cansou de ouvir. Paul é realmente muito simpático.

Quase que eu vôo quando Let Me Roll It começou. Não sei dizer qual foi a música em que eu fiquei mais animada, mas acho que essa tá no topo. Na verdade, eu sinto um pouco de dificuldade de lembrar de tudo que aconteceu. Adrenalina. Mas as partes importantes não esqueço, ainda bem. E eu ainda me emociono quando penso em algum momento do show.

Drive My Car; Highway; The Long and Winding Road - metade do Morumbi se desmanchou em lágrimas nessa hora, e eu só consegui pensar em Luiz. Espero que ele tenha aproveitado essa música. O cara passou o mês antes do show falando nisso, e todas as vezes ele comentava que, pra ele, Long and Winding Road é a balada mais bonita dos Beatles.

Aí engatou com 1985; Let ‘Em In; My Love. E quem disse que Paul bebe água? Em momento algum ele parou pra tomar um gole!

I’ve Just Seen a Face e And I Love Her foram FODA. Eu não gosto muito da segunda, mas não tinha como ficar ruim. As pessoas vibraram. Contagia. Emoções à flor da pele, nervos à flor do pano, aquela energia tão boa ao redor. Era uma felicidade muito intensa, que dava vontade de chorar. Fiquei à beira de lágrimas o show inteiro. Até ele tocar a seguinte música:

http://www.youtube.com/watch?v=P5CUHHGlQg0

Pronto. Elas desceram NA HORA. Chorei calminha. Diogo me abraçou, e a música passou rápido.

Aí como se não bastasse, Paul resolveu tocar a música que ele escreveu para seu amigo John. Se alguém naquele estádio não tava chorando ainda, essa foi a oportunidade. Pensei em Mila nessa hora, e como ela seria a pessoa mais louca se tivesse ido pro show.

Observação: A lua estava LINDA. Era um olho no show, outro olho na lua.

Depois teve Dance Tonight. Não posso dizer que me lembro 100%, mas tenho quase certeza que foi nessa música que o baterista se levantou e começou a dançar no palco. ROUBOU O SHOW!! A vibe “gente chorando” passou e foi só euforia a partir daí.

Liguei pra minha mãe e pra Bruna quando ele tocou Ob-la-di, Ob-la-da e Back in the U.S.S.R. Queria que Bruna tivesse ido comigo.

O ápice da participação da platéia, acho que dá pra imaginar, foi em Hey Jude. Inclusive, quando o show acabou e a gente tava saindo por um corredor QUENTE E APERTADO, todo mundo começou a cantar “na, na, na, nanananaaaa!” e a batucar nas paredes. PUTA MERDA, QUE ARREPIO!


vocês podem ver o setlist do show completo e ouvir as músicas aqui

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